segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A (re)invenção dos brinquedos

Você já ouviu falar em jogos de tabuleiros em 3D? Pois bem, as empresas têm investido cada vez mais em tecnologia, mas agora é para (re)inventar os seus produtos. A Brinquedos Estrela, por exemplo, tem permitido o desenvolvimento criativo de brinquedos tradicionais, assim, não perdemos os jogos de tabuleiro para sempre ou o lego. Há também uma inversão, os jogos estão passando do meio eletrônico para o físico, palpável.

Ao contrário do que se pensa a tecnologia não destrói o passado, as empresas utilizam-na para renovar sua produção como sempre o fizeram, a diferença é que hoje os seus atributos tecnológicos são bem mais visíveis. Pensando desse jeito, vemos o seu resultado, por exemplo, em um produto “inteligente”, multifuncional e mais fácil de ser manipulado, entre outras características. Por outro lado, as crianças têm menos oportunidade de ser inventivas, criando seus próprios brinquedos. Bem, há controvérsias! Se por um lado, os novos brinquedos dispensam a criatividade dos pequenos, o ambiente virtual para as brincadeiras e entretenimento infantil, é uma fonte de possibilidades criativas, por causa da interação que proporciona.

Hoje, claro, é mais difícil as crianças, cercadas pela tecnologia, criarem brinquedos feitos de maneira artesanal, com papelão e outros materiais, como no tempo de seus pais, não obstante, elas produzem, participam de grupos, postam vídeos, escrevem em blogs, jogam e interagem com tudo isso. Todas as gerações criaram, inventaram a partir das suas possibilidades, o que mudaram foram os recursos e as ferramentas de que se dispõe atualmente.


Há uma reconfiguração dos espaços de brincadeira e diversão, muitos acreditam que as crianças estão alienadas, fora da realidade, mas qual realidade? É preciso compreender que o espaço virtual também a constitui. Isso certamente é difícil de encarar, principalmente para os mais tradicionalistas, que atribuem à tecnologia todos os males da vida social contemporânea. Há muito que se pensar sobre o assunto, o que se pretende aqui é apenas constatar as mudanças resultantes das novas tecnologias nos meios de produção e comunicação, que constituem a atual infância.

Tudo bem, os mais nostálgicos, pensarem que “as coisas não são mais como antes”, mas calma, para eles há alternativa. Muitos adultos têm utilizado a internet para relembrar seus brinquedos e jogos de infância, através de vídeos, blogs e redes sociais, alguns até vendem suas raridades. Há uma ressignificação desses objetos e do próprio passado destas pessoas. Não se trata apenas de saudosismo, justamente por causa dessa conexão com um presente que os dá a possibilidade de resgate. Por outro lado, as crianças de hoje tem acesso a essas fontes de conhecimento sobre o passado recente ou até mesmo de seus pais e podem muito bem interagir com elas.

Brincadeira no facebook : 
O ciberespaço proporciona a rápida difusão da informação e a quebra de barreiras espaciais, por isso é também um lugar de troca e descobertas. Os vídeos dos campeonatos de ioiô, cuja maioria dos competidores nem são mais crianças, são um exemplo de como o espaço da internet possibilitou o encontro de gerações e a disseminação de uma brincadeira de mais de 2500 anos e que muitas crianças de hoje não conheceriam não fosse os vídeos no youtube.




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